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Recomendação de livros dos escritores do Vale do Paraiba

  • ALFAZEMA, Zenilda Lua
  • AQUI ESTÃO OS TIGRES, PABLO GONZALES
  • CAÇADOR DE QUIMERA, Zenilda Lua
  • MENINA DOS MEUS OLHOS, Rogerio Rodrigues
  • MENSAGENS POÉTICAS DE SORTILÉGIO, Andrea Vertéra
  • SINOS DE OUTONO, Tonho França

PROJETO ESPAÇO LITERÁRIO

PROJETO ESPAÇO LITERÁRIO
Revelando novos escritores

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ONDE ESTÃO OS POETAS

Estou a três noites sem dormir, não tenho ninguém para conversar, mas não me sinto só. O silêncio me acaricia, o céu estrelado me inspira a sonhar.
Ontem vi uma estrela cadente, fiz um pedido que prefiro não revelar. Hoje conheci outro poeta, descobri que eles se escondem onde menos esperamos, na multidão de transeuntes, num refugio isolado. Afinal, eles estão por toda parte, muitos vivem no anonimato, instigam a refletir, viajam por horas sem sair do lugar, conseguem sorrir perante os desafios, são pessoas iguais, com problemas iguais, mas que se destacam por questionarem o motivo de estarem vivos, por notarem beleza em tudo e alegarem que o mundo não é infinito e que o ser humano tem colaborado para isso.
Recebi um telefonema do meu amor, ela disse que está com saudade e que também me ama. Disse para ela que embora eu esteja distante, não sei se ela entendeu, mas que a todo instante eu estou no coração dela, assim como ela está no meu.
Ela disse-me: obrigado meu poeta por existir em minha vida.
Eu respondi: Obrigado meu amor por ser a razão de minhas poesias.
Fico encolhido num canto a vigiar. Meus pensamentos se perdem na noite fria adentro, já não sei onde vão parar. Apenas os deixo seguirem juntos com o vento.
Estou dentro do coração dela, assim como ela está dentro do meu coração. Essa frase se repete na minha mente. Fico a pensar, como pode tamanha paixão?
Sinto saudade, mas o fato dela estar me aguardando serve como uma injeção de ânimo. Sinto sono, em breve poderei descansar. No momento, o que me resta é aguardar a hora de ir embora e reencontrar minha amada. Hoje posso ser o que quero, pois consigo ver o sol nascer enquanto concluo estes versos.
Quanto aos outros poetas já nem sei por onde andam.
Já este jovem bardo! Acredito que encontrou seu canto.

POSSE DO ESCRITOR ROGERIO RODRIGUES COMO ACADÊMICO DA ACADEMIA VALEPARAIBANA DE LETRAS E ARTES

No dia 27 de Novembro de 2010, a AVLA (Academia Valeparaibana de Letras e Artes) nomeou 13 novos acadêmicos; entre eles, o joseense Rogério Rodrigues, escritor, agitador cultural e líder do grupo Farol São José. Também tomaram posse outros 5 artistas da região: Rodney Amador (Tremembé), Fátima Bretherick (Taubaté), Cláudio Marques (Guaratinguetá), Silmara Retti (Ubatuba) e Raimundo Nonato (Taubaté); e 7 acadêmicos correspondentes: Edinira Silveira (Rio de Janeiro), Tony Bonfá (Curitiba), José Eduardo Cavalheiro da Silva (Rio de Janeiro), Carmem Silvia (São Paulo), Luiz Botelho (São Paulo), Nery Lima (Taubaté), César Di (São Paulo) e Maneco Araújo (Belo Horizonte).



A cerimônia aconteceu no Plenário da Câmara Municipal de Taubaté e teve como orador oficial o artista plástico Márcio Carneiro, que recebeu os títulos de Chanceller das Artes, em Boituva/SP, e Delegado Cultural da AVLA em Taubaté. Como atração musical, o evento contou com a presença do Grupo Taubatchellos, Camerata de Violoncelos da Escola Maestro Fêgo Camargo.

Uma semana depois do Cerimonial, Rogério Rodrigues falou sobre a sua entrada na AVLA. “Foi um presente de Deus, uma virada, um passo adiante, uma conquista muito importante para minha vida”. Em relação a seus projetos literários, Rogério disse: “Não faltam editoras dispostas a dar oportunidade a novos escritores, mas os maiores obstáculos estão em outras etapas do processo, como a revisão. Uma boa alternativa seria atuar em parceria com as faculdades, criando oficinas literárias. Isso também ajudaria a despertar o interesse do público pela literatura local, além de aproximar o escritor dos leitores.” Rogério Rodrigues disse ainda que espera publicar um novo livro em maio e, ao final da conversa, mostrou-se bastante emocionado. “Agradeço a Deus e a todos os que me ajudaram a chegar até aqui. Nunca vou me esquecer das pessoas que acreditaram em mim. Tenham certeza que darei o máximo de mim nesta nova etapa, buscando mais do que nunca unir a cultura da nossa região nos mais diversificados eventos e projetos.

Nascer de novo

         A imponência de uns só afeta àqueles que se prezam diminutos. Porque quando se confronta olho com olho. O poder do imponente torna-se igualitário.  Dois animais ferozes se defrontam e aquele que estava coagindo torna-se aliado para não ser repelido.
         Então a árvore por maior que seja, vista de certo ponto dissimula-se no verdor revelando que ninguém é maior que o próximo e que independente da doutrina seguida, somente Deus é Soberano.
         Aqueles que podem se refugiam no conforto, se isolam e conhecem de perto a monotonia.
         Constroem seus castelos materiais sórdidos, mas sempre algo está faltando e o abstrato bate a porta. Olham as paisagens e tentam entender o ermo em que estão. Olham o simples pôr do sol e lembram dos desfavorecidos, notam que embora tenham tudo na mão, no íntimo jamais seriam felizes com tantas injustiças sob o mesmo céu.
         Nas cores das flores reconhecem o quão estão alucinados, esqueceram de tudo e agora após muito tempo sentem que Alguém espera algo deles. Ainda não sabem o que, mas as flores parecem sorrir dizendo que tudo fora criado para todos desfrutarem.
         Acabam descobrindo que o ermo é fruto de suas próprias ignorâncias, que muitos também foram privilegiados com o mesmo sol, mas não sentiram seu calor, ou por esquecerem do abstrato, ou por falta de oportunidade. Então os imponentes sentem os efeitos alucinantes das flores os transformarem.
         Erguem as mãos para o alto e agradecem. Estendem a mão para o próximo e sentem a felicidade tão sonhada formando um imenso jardim em suas vidas. 

domingo, 21 de novembro de 2010

Insolente


Foi dormir inspirado e acordou insciente, como se alguém tivesse invadido seu mundo insondável. Sente se insatisfeito por ter sido insensato, não ter sido inseguro e achar que seu relacionamento era inseparável.
Ainda insiste em insular, é inservível sem ninguém para amar.
Julga que o destino armou uma insidia.
Não admite ter sido insolente até na insanidade.
Agora caminhando com passo insosso, sente o corpo insustentável. A solidão tornou-se insigne com seu instinto insaciável. Criando um ser insubsistente com uma vida insuportável
Assim será enquanto insinuar que sua insipiência é instável e o medo de um conjugue inseguro insistir em ser insubordinavel.

Faça

Caminhe e que caminhando não procure retroceder naquilo que julga estar pendente, mas se isso acontecer e ainda der tempo de dar um fim naquilo que te perturba, então o faça.
Mas não se detenha achando que o passado vai sempre lhe dar outra oportunidade de corrigi-lo e nem seja mal agradecido dizendo que o que vale é somente o presente, afinal o que se passou com sorriso e os olhos brilhando ou até mesmo com lágrimas escorrendo e um nó na garganta foi o que o fez poder refletir e tornar-se o que é agora.
Se possível tente viver hoje tudo aquilo que o coração almeja realizar, para que amanhã ou depois não venha lamentar que o tempo não quer lhe conceder outra chance. Caso consiga tal façanha, ensine-me para que eu também, ao menos um dia, esqueça algumas obrigações e viva aquilo que muitos esqueceram de notar. Afinal, o que adianta não abraçar uma pessoa amada hoje e depois tocar sua mão gelada, olhando sua face pálida que reflete as forças que se esvaeceram e um coração que já não pode retribuir o abraço. O que adianta não tomar um banho de chuva que revigora a alma por já ser adulto e o corpo poder se resfriar. Não sentir a brisa suave, não admirar o nascer do sol e não ouvir o canto dos pássaros por que pode se atrasar.
O que adianta ter um jardim sem flores, numa casa imensa e viver sem amores, ter saúde o ano inteiro e por um dia enfermo amaldiçoar o mundo por suas dores. Ou viver o que querem para você deixando sempre um vazio no peito que vai aumentando até vir a tona tardiamente.
Se evitássemos coisas desse tipo não haveria tanta gente sem abrigo, muitas lágrimas não teriam escorrido, a senhora fome não teria mais morada e todos saberiam a verdadeira razão de estarem vivos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Elixir

Senhor, que esse momento seja terno como a mágica do lugar onde me encontro. Como o gramado e as árvores ao meu redor. Como o canto dos pássaros e o brilho nos olhos das crianças que brincam nesse parque.
Que a paz na qual me encontro nesse momento possa se estender por toda eternidade.
Sei que tenho andado meio distante de Ti, que independente da minha ausência o Senhor sempre esteve aqui. Guardando-me e guiando-me pelos atalhos perigosos nos quais eu ainda insisto em percorrer.
Obrigado Senhor pelo o agora. Sei que nos últimos tempos minhas orações têm sido feitas roboticamente como uma máquina cumprindo o que foi programado. Perdoe-me por tais faltas.
Mas agora, aqui, posso sentir toda sua grandeza. Sinto-me feliz por mais esse minuto. Mais essa oportunidade que cura ferida.
Vejo os transeuntes, todos parecem tão felizes, como se este lugar os embriagasse. Acredito que essa paz realmente contagia.
Próximo aos meus pés uma pomba meio acinzentada caminha calmamente. Nem se assusta com meus movimentos, parece estar acostumada com este lugar. E eu é que me torno o intruso. Paro meus movimentos para não assustá-la.
Que dia bom, que tarde nublada mais linda. O vento fresco sopra as árvores e no meu colo caem pétalas roxas como se a brisa me presenteasse.
Obrigado Senhor por mais esta respiração. Estou só, mas sinto que estou acompanhado. Estou cheio de problema, mas sinto-me feliz por tê-los. Como pode um conforto tão grande? Começo sorrir incontidamente, logo disfarço para não ser considerado um louco.
Senhor, meus pensamentos agora vivem em Você. É elixir em minha vida, razão do meu viver. Chão firme em cada passo. Voo livre no infinito do espaço. Luz do dia. Refúgio que abriga. Ar que respiro. Tudo que fui. Tudo que sou. Tudo que virei a ser. Tudo.
Contigo posso tudo, pois tudo se torna possível. Transponho desafios com sorriso. Cascalhos já não existem. Não há nada que me abale, mas sim que constrói um novo ser. Isso tudo se eu estiver Contigo. Corro canto e sorrio, mas só se eu estiver Contigo.
Tomara que o pessoal não demore pra reunião, pois as nuvens correm rapidamente e a chuva não tarda a cair. Não tem importância, pois aproveitei essa tarde no parque para conversar com Deus e quem sabe as águas levem tudo que coloquei pra fora para bem distante.

Amem Senhor.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

PARA VOCÊ

PARA VOCÊ,

PARA VOCÊ , JURO AMOR ETERNO,
PARA VOCÊ , TENHO VIVIDO ESSES ÚLTIMOS TEMPOS,
PARA VOCÊ MINHA VIDA ENCHE DE ALEGRIA,
PARA VOCÊ, DEDICO ESSA POESIA,
PARA VOCÊ, ME TORNEI O AR QUE VOCÊ RESPIRA,
PARA VOCÊ, PROMETI QUE ESCREVERIA ESTES VERSOS,
PARA VOCÊ, SOU O SOL QUE AQUECE APÓS A NOITE FRIA,
PARA VOCÊ, SOMENTE PARA VOCÊ POSSO SER TUDO QUE PRECISA.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

UNIÃO

SOMOS COMO ÁRVORES.
PLANO DE FUNDO.
UMA TEMPESTADE.
MAS NOSSO ESCUDO.
É NOSSA CORAGEM.
E NESTE MUNDO.
É UMA VANTAGEM.
SOMOS UM BOSQUE.
UMA FLORESTA.
UMA METROPOLE.
UMA MULTIDÃO DE FRESTAS.
AINDA QUE VENHA O VENTO NORTE.
MUITOS SE QUEBRAM, OUTROS RECECAM.
EU NÃO ME ABALO, POIS ESTOU FORTE.
E CALMAMENTE PELOS VÃOS EU OBSERVO.
UMA PARTE DA MONTANHA ESTÁ ENCOBERTA.
O SOL GLORIOSAMENTE SE FOI.
SUA PARTE ESTÁ CUMPRIDA.
A CHUVA AVANÇA E VEM DE PRESSA.
E MINHAS RAÍZES ESTÃO FIXAS.
QUE VENHA O VENTO SUL.
TRAZENDO CONSIGO O FRIO.
CONTINUAREI SEMPRE IMPONENTE.
E MEUS GALHOS SERÃO ABRIGO.
A UNIÃO FORTALECEU A TODOS.
POIS CONTINUAMOS FIRMES.
AGORA QUE AS ÁGUAS SE FORAM.
O MEDO TORNOU-SE INSIGNE.
AO JULGAR A ESCURIDÃO QUE APROXIMAVA.
NOTAMOS O QUÃO FOMOS PRECIPITADOS.
ACHAVAMOS QUE TINHAMOS PERDIDO A BATALHA.
E ACABAMOS VENCENDO SEM ESTARMOS ARMADOS.
AGORA SÃO RAIOS SOLARES E O CANTO DAS AVES.
UMA BRISA FRESCA PERCORRE O VERDOR.
BEIJA AS FOLHAS QUE FICARAM MOLHADAS.
ESPALHA VIDA EM TODAS AS PARTES.
POR ONDE PASSA SÓ FICA O AMOR.

Hospital Global


 
A culpa se tornou companheira da contemporaneidade, tomou proporções descomunais. Ninguém nota, mas ela exige que as pessoas se tornem superespécimes humanos vivendo sempre com insatisfação por não seguir os padrões impostos pela maioria.
A busca pela perfeição e pelo novo está no auge. Isso leva ao desterritorialismo que por sua vez unifica todo esse mal. Logo. Vivemos num hospital global.